sexta-feira, 29 de abril de 2016

Aquele Vampiro

      Eu o conheci no tinder, em meados de agosto.

    Lembro que fiz minha conta no aplicativo por insistência das amigas, por eu ser muito tímida. Após muitos caras babacas, ele surgiu.
"Com um blazer preto por cima de uma camisa branca, com
 um estilo esporte social, ele estava um deus grego como aqueles olhos
azuis envolventes me percorrendo o corpo." 
     Seu nick era Vampiro. E o nome fazia jus a sua aparência. Olhos azuis profundos e pele bem clara. Ele tinha um papo bom, instigante e ameaçador. Não foi apenas sua beleza que me despertou curiosidade, mas sua sagacidade em conduzir conversas que me deixavam molhada.
Havia acabado de deixar um relacionamento para trás, foram três anos de uma relação que não satisfazia nem no beijo. Mas aquele vampiro havia conseguido vencer minha barreira da timidez, dia após dia ele me despertou o desejo de conhece-lo. Aquela foto, aquele sorriso safado e experiente.

"Não havia mais o que perguntar, ou conversar. Nossos corpos falavam
sozinhos, nossas mãos já estavam percorrendo lugares proibidos."
   
Marcamos para o fim da semana e olhando em minhas gavetas, todas aquelas lingeries sem graças me arremetiam à pessoa que eu era. Criei coragem e comprei um conjunto preto. Queria impressionar aquele vampiro, aquele homem empolgante, mostrar a ele que eu podia ser tão interessante quanto achava que ele era. A lingerie foi completa, com cinta e meia arrastão. Nunca havia usado aquilo e de frente ao espelho me olhei com estranheza. Aquela não era eu. Mas naquela noite tinha que ser! Arrumei o cabelo e caprichei na maquiagem.
   Ele suspirou quando me viu chegando à porta da boate. Sussurrou em meu ouvido que eu estava linda e ele era ainda mais atraente pessoalmente. Com um blazer preto por cima de uma camisa branca, com um estilo esporte social, ele estava um deus grego como aqueles olhos azuis envolventes me percorrendo o corpo. Ele pagou minha entrada e nem mesmo me ofereceu um drink antes de me puxar pela mão, levando-me para o meio da pista. Ele sabia conduzir, com a mão na minha cintura e já estava molhada apenas de ouvir sua voz me perguntando coisas enquanto dançava, me envolvendo naquelas batidas inebriantes. Quando a musica trocou paramos e bebemos algo. Ele pediu um drink que não me lembro do nome, mas o cheiro era de tequila.       

"Isso mesmo, ele me seduziu até aquele momento, nos roçamos,
tocamos, mas nossas bocas não haviam se tocado. Ele era bom."
      Ofereceu-me o mesmo e bebi sem pensar e quando voltamos à pista, perdi a conta de quantas musicas dançamos em silêncio, sem trocar uma palavra. Não havia mais o que perguntar, ou conversar. Nossos corpos falavam sozinhos, nossas mãos já estavam percorrendo lugares proibidos. Coisa que nunca deixei meu namorado fazer, e estava agora fazendo com um estranho sedutor. Ele mordeu minha orelha e gentilmente me conduziu para fora da pista, depois para o saguão de entrada e logo estávamos no carro dele. Várias vezes eu me perguntei o que estava fazendo, mas quando olhava para ele, para toda aquela confiança, aquele sorriso predador, eu desistia de pensar. Como uma onda, fui sendo arrastada mar adentro daquela aventura. 
      Ele esperou entrar na suíte do motel para enfim me beijar. Isso mesmo, ele me seduziu até aquele momento, nos roçamos, tocamos, mas nossas bocas não haviam se tocado. Ele era bom. E sabia exatamente o que estava fazendo, e seu beijo me fez derreter em desejo, tesão, excitação sem fim. Ele tirou meu sapato com a mesma habilidade que abriu meu vestido. Olhou-me por instantes, com um sorriso maroto diante daquela lingerie enquanto meu rosto parecia marte de tão vermelho! Sentia-me em marte, aliás.
        
"E então, a primeira onda veio naquela língua." 
 Nunca gostei de oral, sempre me senti mal, mas havia algo libertador naquela boca, com aquela barba por fazer que me deixava louca! E então, a primeira onda veio naquela língua. Estava diante de algo novo, meu primeiro orgasmo, estranhamente com um estranho.  Ele foi quebrando minha timidez e eu me descobrindo. Aquele homem rompeu todos meus tabus e barreiras e encerramos a noite com um delicioso sexo anal, também algo novo.
Havia namorado por três anos um homem que não me descobriu, ou talvez nunca tivesse me permito descobrir. Nunca sairia com um estranho dessa maneira, mas dessa vez, apenas dessa vez ouvi minhas amigas, numa aventura que julgo quase sobrenatural, com aquele Vampiro. Aprendi muito sobre mim e isso mudou minha vida, meu ego e minha trajetória como pessoa. Sou mais confiante.

O Vampiro ainda vejo, caçando pelas baladas que vou, mas nunca mais saímos. Restou a amizade e minha gratidão pela liberdade que ele me proporcionou e hoje sou uma amante fervorosa com meu novo namorado.





Todos adorariam um vampiro libertador como este em nossas vidas, não concordam? Você já teve um Vampiro? Envie sua experiencia para nós no cerejaecalcinha@gmail.com e nos visite toda SEXXXTA!! Não se esqueçam de comentar, curtir nossas redes sociais e compartilhar com as amigas (os)!!

6 comentários:

  1. Um homem desses existe mesmo? :O

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  2. Uau, esse conto é muito envolvente

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  3. Hum... Muito bom um dos melhores!!!

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  4. É o melhor depoimento até agora!E as ilustrações estão incríveis!

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  5. Nossa cara de mais. FIQUEI COM VONTADE DE LER MAIS

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